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25/06/2013

Revista O Empreiteiro publica noticias da Resen-Munck na Obra da NISSAN

Revista O Empreiteiro publica noticias da Resen-Munck  na Obra da NISSAN

A Edição de numero 519 da revista O Empreiterio, tras uma materia especial sobre a obra da montadora NISSAN. 

A Resen-Munck hoje possue um grande numero de equipamentos dentro da obra. Presente desde o Primeiro descarregamento e Içamento de Pilar.

Obras civis estão em estágio final e a montagem eletromecânica da planta da montadora japonesa já começou

Augusto Diniz - Resende (RJ)
 
Em junho faz um ano que a WTorre deu início aos trabalhos de construção da fábrica da montadora de carros Nissan, em Resende, na região sul do estado do Rio de Janeiro. Na época, a empresa japonesa entregou a área para as obras da unidade fabril apenas com os serviços de terraplenagem realizados. De lá para cá, está sendo necessário que a construtora corra contra o tempo para que em julho a multinacional comece a fazer os testes, o chamado power on, das novas instalações, para que em janeiro de 2014 a planta entre em operação comercial.

“A criteriosa licitação das obras atrasou três meses. O contrato somente foi assinado em junho de 2012. Ainda sim, os japoneses mantiveram o prazo inicial para entrega das obras civis da fábrica para o meio do ano. Foram 18% de diminuição de prazo”, revela Rodrigo Cará Monteiro, diretor de Construção da WTorre, que conta ainda que o esforço concentrado no projeto executivo para se adequar ao curto tempo, elaborado pela construtora, foi fundamental para alcançar o objetivo. “Trata-se de uma fábrica de porte. A mobilização foi grande, com desafio de logística e operação”.

Além dos projetos executivo e estrutural e da construção da parte civil da fábrica (o projeto básico foi feito pela própria Nissan), a WTorre é ainda responsável pelas instalações elétricas e hidráulicas, e de incêndio, gás e ar comprimido no empreendimento. O contrato para estas atividades é de R$  500 milhões.
 
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Engenheiro Rodrigo Cará Monteiro

Devido ao prazo curto de construção, a WTorre distribuiu a realização das obras civis em seis contratos para que todas as ações pudessem ser realizadas ao mesmo tempo e de forma independente. “Foram divididas como um processo de industrialização”, menciona Rodrigo. Pré-moldados foram utilizados em larga escala.

Empresas foram selecionadas para a construção de cada prédio da linha de produção, os chamados main buildings; e uma foi selecionada para as instalações externas e prédios auxiliares. Na planta, são 200 mil m² de área construída, com cinco main buildings - os prédios da linha de produção da fábrica da Nissan em Resende, pela ordem, são: estamparia das chapas de aço; armazenamento das peças cortadas; soldagem da carroceria; pintura; e injeção plástica e montagem elétrica e mecânica.  
 
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Um dos main buildings da nova planta da Nissan, construído com estrutura pré-moldada
 
Característica construtiva

A montagem das estruturas pré-moldadas para as principais edificações iniciou-se no final de dezembro e levou dois meses. Já as obras da cobertura começaram em janeiro e foram até maio. O fechamento dos prédios é metálico, com muretas de alvenaria de 1,20 m a  5 m de altura, dependendo da edificação.

A característica construtiva principal de uma fábrica de carro é que cada prédio da linha de produção tem uma peculiaridade, como, por exemplo, os pits, que são estruturas especiais construídas em fossos de tamanhos diversos, onde são instalados equipamentos de alta tecnologia para produção dos veículos automotores.

Na nova unidade da Nissan, foi construído no prédio da estamparia um pit de 1 mil m², com 9 m de profundidade, laje de fundo com 1 m de espessura, parede-diafragma e aplicação da técnica de jet grouting para obter alto grau de impermeabilização. Para esta estrutura especial foram lançados 600 m³ de concreto.

Na fábrica foram construídos ainda dois outros pits de grandes dimensões, com cerca de 200 m² cada, com 6 m de profundidade –além de outros pits de menores dimensões espalhados na planta.

A cobertura da nova planta industrial da Nissan, dependendo da edificação, empregou de telha zipada a telha tripla de proteção termoacústica. Diferentes tipos de piso, com capacidade para variadas cargas, tendo de 12 cm a 50 cm de espessura, também foram executados.
 
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A montagem das estruturas pré-moldadas de concreto levou dois meses; já a estrutura da cobertura teve cinco meses de trabalho

Vigas e pilares pré-moldados de tamanhos distintos foram adotados dependendo do prédio da linha de produção - o pé-direito dessas edificações da linha de produção variam de 12 m a 23 m. “Cada prédio é uma obra diferente”, menciona Rodrigo.

Na construção dos prédios auxiliares utilizou-se largamente o sistema construtivo steel frame, o que agilizou a montagem das áreas administrativas, refeitórios, vestiários, dentre outros.  
 
Pipe rack de 2,4 km

O pipe rack foi construído sobre o terreno do empreendimento, com 2,4 km de extensão, que vai da entrada da fábrica e se espalha pelo complexo, terminando na futura estação de tratamento de esgoto, às margens do rio Paraíba do Sul, que passa perto da fábrica. No pipe rack percorrerá água bruta, água potável, esgoto, ar comprimido, gás e energia elétrica.

“O pipe rack elevado facilita a manutenção. O fato de o lençol freático na região ser próximo à superfície também fez com ele não fosse subterrâneo”, explica o engenheiro Rodrigo.

O canteiro de obras da WTorre ocupa área de 1,28 milhão de m², mas a área total do terreno é de 3 milhões de m²  - é que há espaço destinado para construção de plantas de fornecedores de componentes da Nissan (foram reservados 400 mil m²), estações de tratamento de água e esgoto e também da fábrica de motores, esta já em obras e sob total responsabilidade da montadora japonesa.

Há em andamento também obras de vias de acesso e drenagens no entorno da fábrica. No pico, em junho, a obra terá 3 mil operários trabalhando. Hoje, são 2.300 pessoas.
 
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  O pipe-rack elevado percorre 2,4 km do terreno da fábrica                       Maior pit em construção na fábrica da Nissan, com 1 mil m²:
                                                                                                                    a estrutura especial receberá sofisticados equipamentos

A montagem industrial da fábrica é de responsabilidade de técnicos japoneses, que já começaram os serviços pelo prédio de pintura, com a instalação de complexos equipamentos de precisão. Mas será a partir de julho que a montagem eletromecânica se dará de forma acelerada em todas as edificações do empreendimento.

O investimento total da Nissan no projeto é de cerca de R$ 2,6 bilhões. A expectativa é que a planta gere 2 mil postos de trabalho. A capacidade da fábrica será de 200 mil unidades/ano. A estratégia da empresa com o empreendimento é se tornar líder no mercado automotivo brasileiro entre as marcas asiáticas. A Nissan já produz carros no Brasil em unidade industrial em São José dos Pinhais (PR), com linha de montagem compartilhada com a francesa Renault.
 
Ficha Técnica - Fábrica da Nissan
Localização: Resende (RJ)
Projeto Executivo e Construção: WTorre
Fundações: Basefix
Locação de equipamentos: Resen-Munck

Dados Técnicos
Área total: 3.050.000 m²
Área de intervenção: 1.280.000 m²
Total de estacas: 1.903 unidades
Volume de concreto: 32.522 m³
Quantidade de estrutura metálica: 5.340 t
Pavimentação: 249.125 m²
Drenagem principal: 4.598 m